Em menos de 48 horas, dois vigilantes perderam a vida de forma brutal em diferentes estados do país. As histórias de Valdemar Franklin e Aldemar Filho revelam não apenas tragédias individuais, mas um retrato amargo do risco diário que marca a profissão de quem dedica a vida a proteger pessoas e patrimônios.
No domingo (10), na cidade de Floriano, Piauí, Valdemar Franklin foi morto a tiros na porta de casa. Sem antecedentes criminais, ele foi surpreendido pelos disparos ao chegar em sua residência. A motivação e os suspeitos ainda são desconhecidos.
No sábado (9), em Planaltina de Goiás Distrito Federal, Aldemar Filho, que era natural de Goiás, vigilante e proprietário de uma empresa especializada em segurança, foi executado com cinco tiros e três facadas enquanto aguardava na fila de uma distribuidora de bebidas. O crime foi cometido por dois homens, e a Polícia Civil investiga as circunstâncias.
Essas mortes não aconteceram enquanto estavam fardados ou no posto de serviço, mas isso não diminui a ligação direta com o risco que carregavam. Ser vigilante é viver com a exposição constante a conflitos, represálias e violência, uma realidade que vai além do horário de trabalho.
O reconhecimento da periculosidade para a categoria não é apenas uma questão jurídica, é o reconhecimento de que esses profissionais enfrentam diariamente a possibilidade de não voltar para casa. A violência que vitimou Valdemar e Aldemar é a mesma que ronda milhares de vigilantes em todo o país, e ignorá-la é fechar os olhos para o perigo real que define essa profissão.
Nos solidarizamos com as famílias das vítimas e seguiremos firmes na luta pelo melhor para a categoria, com a esperança de que tragédias como estas se tornem cada vez mais raras e que os vigilantes, enfim, recebam o devido reconhecimento e valorização pelo papel essencial que desempenham na segurança da sociedade.
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